Trabalho em equipe é o que os gestores mais desejam dentro das organizações e talvez seja também o maior desafio deles. Cada um fazendo a sua parte. Assim se dá a famosa “divisão do trabalho”. Se um falta, erra ou negligencia o processo, o resultado não é alcançado de forma satisfatória.
Se no trabalho já é difícil conseguir a harmonia da equipe, imagina então na sua rua, no bairro, na cidade, na sociedade brasileira. Fazer algo em conjunto demanda tempo e principalmente boa vontade de cada parte, sendo assim, se cada um fizer a sua, e bem feita, o resultado mais provável é que o objetivo seja alcançado.
O problema é que geralmente alguns não fazem a parte que lhe foi destinada. Vamos aos exemplos. No início da pandemia do coronavírus era obrigatório, em algumas localidades, o uso de máscara em qualquer ambiente, fosse ele fechado ou aberto, público ou privado, e ainda assim muitas pessoas não faziam a sua parte, quer por desleixo, quer por não acreditarem que o vírus fosse fatal.
Quando estamos na academia lemos na placa de aviso: “Após o uso favor guardar os equipamentos”. Qual (is) cliente(s) cumpre(m) o aviso? Da mesma forma acontece nas ruas. O sujeito coloca a mão para fora do carro e despeja o lixo em via pública. São entulhos nas calçadas, pessoas colocando fogo nas folhas que caem das árvores, outras depredando o espaço público, outras vendo e não denunciando, enfim, parece que ninguém quer muito fazer a sua parte, mas está sempre esperando que o outro faça.
Se pensássemos coletivamente o trabalho seria mais prazeroso ou menos dificultoso. Fazer a sua parte implica em ter empatia, ou seja, pensar no outro. Se eu não faço a minha parte, o outro ficará sobrecarregado ou não conseguirá fazer a dele também, e o resultado pode ser ruim.
Aquele que xinga o prefeito porque a cidade está suja, tem feito a sua parte em não jogar lixo nas ruas? Aquele que cobra benfeitorias no município está pagando seus impostos em dia? Aqueles que reclamam da bagunça na academia têm feito a sua parte em voltar os equipamentos para o seu lugar? Quem tem questionado sobre o aumento de casos na pandemia, está usando máscaras e evitando aglomerações?
Cada uma dessas perguntas deve ser feita olhando-se para dentro. Eu tenho feito a minha parte para melhorar a minha vida e a vida das pessoas com quem convivo? Seja no trabalho, na escola ou em casa, o que eu acrescento de positivo para que as coisas mudem? Esperar a mudança do outro é sinônimo de comodismo. A mudança deve partir de cada um, pensando principalmente no coletivo.
Fazer a sua parte é essencial para que possamos viver numa sociedade mais justa, igualitária e onde os resultados possam ser compartilhados por todos. Fazer a sua parte não é para falar que você faz, e sim para que as pessoas vejam em você o exemplo, e passem também a imitá-lo. Afinal de contas, dizem que um exemplo vale mais que mil palavras.