Todos nós queremos ser protagonistas na vida, tanto na pessoal como na profissional. No entanto, ser protagonista nos exige algumas atitudes que nem sempre vamos estar dispostos a tomá-las.
No dicionário, protagonista é o personagem principal de uma narrativa. É quem mais aparece, não porque queira aparece, mas isso acontece de forma natural, afinal, quem protagoniza algo é o principal agente das ações. Ele escolhe agir, assumindo os riscos, mas também as possibilidades de êxito.
Muitos de nós escondemos atrás de atitudes ou também de nossas inações, tornando-nos antagonistas, ou seja, criando em nossas mentes adversários que não existem, o que nos impede de sermos protagonistas. Explico. Quando tomamos uma atitude que vai ao contrário daquilo que pensamos ou acreditamos, nos tornamos refém do sistema. Qual o sistema? O da padronização, o de fazer o que os outros querem. Se você opta por mudar, porque essa mudança vai lhe trazer benefícios, mesmo que acarrete em críticas de pessoas que você não ama, estará agindo em conformidade com o que pensa ou acredita, permitindo assim protagonizar algo que lhe é ou será importante, assumindo as responsabilidades pelas consequências, porém, tendo a certeza que o fez sem se importar com a opinião alheia.
Da mesma forma, quando falamos de inação, percebemos que o não agir é também uma escolha. Se temos a oportunidade de agir, de optar, de escolher, e abdicamos disso, deixando que o medo ou o tempo façam as escolhas, nos tornamos antagonistas, permitindo que o antagonismo dos fatores externos se apresente como protagonista de nossas vidas.
Parece difícil de entender, mas não é. Quando as decisões de sua vida partem mais do externo que do interno, ou seja, quando tudo o que acontece no seu dia depende mais dos outros que de você mesmo, é porque você consentiu perder seu protagonismo, afirmando que outras oportunidades sempre vão aparecer. Sim, concordo. Elas vão aparecer, mas parece que o tempo está passando, e a cada dia essas possibilidades vão reduzindo, não porque você não mereça, mas porque postergar se torna cômodo e essa comodidade vai nos trazendo a sensação de que a qualquer hora, num estalar de dedos, vamos mudar de vida, nos tornando protagonistas.
Protagonizar é agir, é não só tomar as decisões, mas fazer, realizar, construir, executar, ou como se costuma dizer no mercado de trabalho, ter proatividade. Podemos simplesmente tomar a decisão, mas não fazer nada com ela. Há pessoas que se tornam admiradoras das outras pelo protagonismo que elas assumem, e abrem mão de ser o astro principal de suas vidas.
Esperar é o verbo preferido dos que procrastinam, dos inativos por opção, daqueles que aguardam uma intervenção divina, ou que alguém faça algo por eles. E aí quando você chega ao final da vida ou mesmo deste texto, esperando também uma resposta que alivie sua dúvida, ou seja, por que até hoje você não assumiu o protagonismo de sua vida, eu te respondo: Agora!
Protagonista pra mim também é sinônimo de formatador, conforme definido por Ray Dalio em seu livro Princípios. Não ouso dizer que todo protagonista é um formatador, mas certamente todo formatador é um protagonista.
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